sábado, 19 de junho de 2010

Entre Nós Dois

Sei que as vezes parece mais fácil
Desistir de vencer essa vida
Abrir suas asas, partir e voar
Mas a realidade lhe espera
Com a leveza sutil de uma pedra
Jogada do décimo quinto andar

Parece bem fácil
Pra quem está lá em baixo
Não sabem a dor que eu tenho pra dar
Parece pequena
Mas com a convivência
Cada gota transborda um mar

Um dia
A morte aterrisou
No lado de cima da marquise
Que, em baixo, minha vida passava.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quando quem será?

Quem conhece o tempo de todas as coisas?
Quem pode dizer até quando vai durar?
Quanto tempo se passa enquanto a noite não chega?
Quando chega a noite eterna, quem poderia ficar?

Quantas batidas o peito insiste e reclama?
Quando saber que aquele é o último ar?
Quem se arrisca a deitar sozinho na cama?
Quem deitaria para não mais se levantar?

Quantas gotas brancas veremos na espera?
Quantas vermelhas ainda irão gotejar?
Quando as preces aflitas serão de alívio?
Quem na distância arrisca um olhar?

Quando chega? Quando? Chega!
Quem queria, quem verá?
Quanto tempo? Resta tempo?
Quem seria? Quem será?