domingo, 22 de novembro de 2009

Apresentação

Não escolhi ser Bispo. Simplesmente nasci.
Meu Pai já era. Minha Mãe se tornou.
Herdei isso deles, sem que ninguém morresse.
Quando cheguei, meus Irmãos já estavam.
Eram e seriam para sempre apesar de mim.
Também fui e eles nada perderam com isso.
Bispo mesmo já fui me tornando na vida,
Sem nada fazer pra Nascer assim!

A Rua é do Bispo.
O Bonde foi, enquanto era.
O Bar da esquina ainda é, até não mais.
Nem tudo que é Bispo, Bispo se mantém,
Quanto a mim, ainda, sou,
Desde o Pai Nosso até o Amém!

Não possuo o Bispo,
Mas, o Bispo que não tem nada é que me tem.
Tem a Pompa em qualquer Circusntânicia,
A Castidade de não conhecer Ninguém,
A Esperança de um dia ver o Papa,
E, de não ver o Cardeal quando ele vem!

Nasci Católico, cresci Inocente.
Um pouco Protestante. Já Reticente.
Língua Flamejante, Gente Decente.
Loucura Galopante, Coração Descrente.

De tudo, lá, nada ficou.
De vazio, minha mente, comecei a encher.
Ou culpo o Acaso e não entendi nada,
Ou da Graça me ocupo e volto a viver!