Ninguém poderia supor a delicadeza que ali mora
Não que haja disfarce ostensivo pelo lado de fora
Mas, quem acreditaria na pureza da bela?
Olhos que disfarçam o amanhecer da existência
Boca que delata o infinito pulsar da paciência
Afinal, quem embelezaria aquela pura aquarela?
Pensamento que rodeia a simplicidade do possível
Transcendendo a inimaginável poesia indizível
Quem se apropriaria da beleza puramente dela?
Carne que a verdade provou a dor que a alma sente
Escarnece a luz da sombra que ilumina toda gente
Apura a beleza, ela sabe. Sempre bela! Seja ela!